Na sessão desta quarta-feira (16) da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), o deputado estadual Junior Mochi (MDB) defendeu uma alteração na Constituição Federal para unificar as eleições no país. A proposta, que seria apresentada por meio de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) pelas assembleias legislativas, visa reduzir os custos eleitorais e evitar a paralisação de obras e serviços públicos, que ocorre a cada dois anos devido aos processos eleitorais intercalados.
“O modelo atual prejudica as políticas públicas, pois, a cada dois anos, não podem ser realizadas transferências, interrompendo obras e serviços”, justificou Mochi, ao sugerir a unificação dos pleitos para cargos do Executivo e Legislativo.
O presidente da ALEMS, Gerson Claro (PP), também manifestou apoio à mudança, argumentando que a unificação evitaria a interrupção da gestão pública. “O gestor eleito perde tempo arrumando a casa e, no segundo ano, já precisa lidar com outro processo eleitoral, o que compromete o desenvolvimento da gestão”, afirmou.
Por outro lado, parlamentares como Zeca do PT e Gleice Jane (PT) se posicionaram contra a proposta, alegando que ela diminuiria a participação popular nos debates sobre políticas públicas. “Defendemos a democracia e o direito ao voto sempre que for necessário. Reduzir o número de eleições é diminuir a voz da população”, destacou Gleice.
Já o deputado Lidio Lopes (Patriota) reforçou a urgência da pauta, citando o alto índice de abstenções no primeiro turno das eleições em Campo Grande, onde 25% do eleitorado não compareceu. Para ele, a unificação é uma resposta à crescente insatisfação com o calendário eleitoral.
Com informações de Heloíse Gimenes / ALEMS
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