Na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, o deputado estadual Caravina destacou a grave deficiência no efetivo da Polícia Civil, alertando que a situação compromete tanto a segurança pública quanto a capacidade de investigação de crimes no estado. Dados recentes apontam um déficit de quase 40% no número de investigadores e escrivães.
Como solução emergencial, o parlamentar propõe o retorno temporário de policiais civis inativos ao serviço ativo, medida que, segundo ele, poderia ser implementada com base em uma legislação semelhante à da Polícia Militar. Essa estratégia atenderia à demanda imediata por profissionais enquanto o concurso público autorizado pelo governo não é finalizado.
O levantamento apresentado por Caravina revela a dimensão do problema: o estado necessita de 1.980 investigadores, mas conta com apenas 1.212 em atividade. Entre os escrivães, o cenário é igualmente preocupante, com um déficit de 200 vagas. Essa deficiência no efetivo policial é agravada pelo crescimento populacional de 32% entre 2000 e 2022, sem um aumento proporcional no número de policiais.
Além disso, a demanda por serviços policiais tem sido impulsionada por novas legislações e pelo aumento dos crimes cibernéticos. A criação da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DERCC), em dezembro de 2024, embora positiva, enfrenta o desafio da falta de policiais treinados para o pleno funcionamento da unidade.
O deputado Caravina, que é delegado aposentado, enfatiza a urgência de priorizar ações para minimizar a deficiência no atendimento da polícia judiciária. Ele reconhece que o concurso público com 300 vagas para escrivães e 100 para investigadores é um passo importante, mas ressalta a necessidade de alocação de recursos, gestão e orçamento para garantir a efetividade das medidas propostas.
Com informações da Assessoria Parlamentar
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