Mato Grosso do Sul registrou, pela primeira vez, um caso de Febre Oropouche transmitido dentro do estado. Um homem de 52 anos, residente em Itaporã, foi diagnosticado com a doença após apresentar sintomas como febre, dor de cabeça e muscular. O paciente, que já está recuperado, não havia viajado para outras regiões ou entrado em contato com áreas de mata fechada, o que indica que a transmissão ocorreu localmente.
A confirmação do caso, anunciada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), acende o alerta para a expansão da Febre Oropouche em Mato Grosso do Sul. A doença, causada por um vírus transmitido pelo mosquito Culicoides paraenses, tem se mostrado cada vez mais presente no Brasil, com um aumento expressivo no número de casos em 2024.
A gerente técnica estadual de Doenças Endêmicas da SES, Jéssica Klener Lemos dos Santos, explicou que a transmissão local indica que o vírus está circulando na região e que a população deve ficar atenta aos sintomas, que são semelhantes aos da dengue e chikungunya.
Apesar do aumento dos casos, a SES reforça que não há motivo para pânico. "A confirmação do caso autóctone é resultado das medidas de vigilância do Estado. Desde junho, 818 amostras foram testadas pelo Lacen, com apenas duas positivas para a arbovirose", afirmou Jéssica.
É importante ressaltar que não existe tratamento específico para a Febre Oropouche. O tratamento é sintomático, visando aliviar os sintomas da doença. A prevenção, por sua vez, passa pelo controle do mosquito transmissor, através de medidas como a eliminação de criadouros e o uso de repelentes.
A expansão da Febre Oropouche em Mato Grosso do Sul exige atenção das autoridades de saúde e da população. É fundamental que os casos suspeitos sejam notificados e que as medidas de controle do mosquito sejam intensificadas para evitar a disseminação da doença.
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