A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES-MS) confirmou nesta segunda-feira (6) a existência de quatro casos suspeitos de intoxicação por metanol em diferentes municípios do estado. As ocorrências foram registradas em Ladário, Campo Grande, Rio Brilhante e Caarapó, e estão sob investigação. Outros dois casos, em Sidrolândia e na capital, foram descartados após análise laboratorial.
Entre as suspeitas, o caso mais grave envolve a morte de um jovem de 21 anos, em Campo Grande, na última quinta-feira (2). O rapaz, identificado como Matheus Santana Falcão, sofreu parada cardiorrespiratória após consumir bebidas alcoólicas dias antes do óbito. Segundo a Polícia Civil, ele teria ingerido whisky e cachaça comprados em uma conveniência no bairro Jardim Colibri. A Vigilância Sanitária recolheu amostras dos produtos, que agora passam por análise laboratorial para verificar possível contaminação por metanol.
Diante da gravidade, o caso provocou reação imediata das autoridades. O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) emitiu uma recomendação oficial para que bares, restaurantes e supermercados adotem protocolos mais rigorosos na comercialização de bebidas alcoólicas, com o objetivo de evitar novos episódios de intoxicação por produtos adulterados.
As medidas recomendadas incluem:
-
Inspeção das bebidas no momento da entrega
-
Armazenamento das imagens das câmeras de segurança dos estabelecimentos
-
Conservação das notas fiscais referentes às compras
-
Verificação de qualquer indício de adulteração nas embalagens
Em caso de suspeita, os comerciantes deverão notificar imediatamente a Vigilância Sanitária, a Polícia Civil e o Ministério da Agricultura.
A recomendação foi encaminhada à Abrasel-MS (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) e à AMAS-MS (Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados), que terão dez dias úteis para informar se irão aderir às medidas de controle.
As autoridades reforçam que a população deve redobrar a atenção ao consumir bebidas alcoólicas, verificando rótulos, lacres e procedência. Qualquer irregularidade pode ser denunciada aos órgãos de fiscalização.
PUBLICIDADE

Comentários: