A maior iniciativa de combate ao desmatamento da Mata Atlântica teve início nesta segunda-feira (16), mobilizando 17 estados brasileiros. A Operação Mata Atlântica em Pé, coordenada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e pela Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa), tem como objetivo identificar e punir responsáveis pela destruição ilegal do bioma.
Realizada em estados como Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, entre outros, a operação se desenvolve em quatro fases. Na primeira, áreas desmatadas são mapeadas com base nos dados da Fundação SOS Mata Atlântica e do Mapbiomas Alerta. Em seguida, os proprietários responsáveis são identificados e fiscalizados. Caso o desmatamento seja confirmado, os infratores poderão ser autuados e responder judicialmente tanto na esfera cível quanto criminal.
De acordo com o Atlas da Mata Atlântica, o desmatamento no bioma diminuiu 27% de 2022 para 2023, passando de 20.075 hectares para 14.697 hectares. No entanto, estados como Piauí, Ceará, Mato Grosso do Sul e Pernambuco não acompanharam essa tendência de queda.
Segundo o promotor Alexandre Gaio, presidente da Abrampa, a operação tem consolidado uma cultura de fiscalização e enfrentamento ao desmatamento ilegal, o que tem contribuído para a redução da supressão da vegetação nativa e no combate às mudanças climáticas.
O balanço final da operação será divulgado no dia 27 de setembro, com transmissão ao vivo pelo Ministério Público de Minas Gerais.
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