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Sabado, 18 de Janeiro de 2025
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Proposta de 4 dias de trabalho por semana avança com apoio de deputados

Iniciativa do movimento Vida Além do Trabalho leva à apresentação de PEC que visa limitar jornada semanal a 36 horas.

Melucci / Guia Bataguassu
Por Melucci / Guia Bataguassu
Proposta de 4 dias de trabalho por semana avança com apoio de deputados
📷 Ilustrativa 
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O movimento Vida Além do Trabalho (VAT) impulsionou um intenso debate nas redes sociais e na imprensa ao propor o fim da escala 6x1, que prevê seis dias de trabalho para um de folga. A iniciativa ganhou destaque na plataforma X e fez com que o apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que limita a jornada a 36 horas semanais com quatro dias de trabalho por semana, aumentasse de 60 para 134 deputados em uma semana. Para que a PEC comece a tramitar, são necessárias 171 assinaturas.

De autoria da deputada Erika Hilton (PSOL/RJ), a PEC foi apresentada em 1º de maio deste ano e surgiu em apoio à causa promovida pelo VAT. A petição online, criada pelo movimento, já coletou mais de 2,3 milhões de assinaturas favoráveis ao fim da escala 6x1, defendendo que essa jornada reduz a qualidade de vida dos trabalhadores, comprometendo saúde, bem-estar e relações familiares.

Enquanto a proposta de Erika Hilton ganha tração, ao menos duas outras PECs sobre o tema tramitam no Congresso. A PEC 221/2019, de autoria do deputado Reginaldo Lopes (PT/MG), propõe a redução gradual para 36 horas semanais ao longo de dez anos, mas sem eliminar a escala 6x1. Já a PEC 148/2015, do senador Paulo Paim (PT/RS), sugere a redução da jornada de trabalho para 36 horas de forma progressiva, em etapas anuais.

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O tema também mobiliza os sindicatos, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), que defendem há décadas a redução da jornada. Contudo, a proposta enfrenta resistência de setores empresariais, como a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que alerta para o aumento nos custos operacionais sem a redução correspondente de salários.

Em meio ao debate, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, defendeu que a questão deve ser negociada em acordos coletivos, ressaltando que a redução da jornada pode ser saudável para o setor, desde que pactuada com todos os envolvidos.

A PEC aguarda as assinaturas restantes para iniciar a tramitação na Câmara, mas já se configura como um divisor de águas em um tema de forte apelo social e impactos econômicos abrangentes.

FONTE/CRÉDITOS: Por Melucci / Redação Guia Bataguassu 
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