Através de uma parceria entre a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde e a Secretaria de Estado de Saúde, através da Coordenadoria de Controle de Vetores, Agentes de Combate à Endemias de Bataguassu participaram nos dias 20 e 21 de novembro de uma oficina de capacitação com foco na prevenção e controle da Leishmaniose Visceral.
A atividade teórica foi desenvolvida na sala da Cooperativa Sicredi e reuniu cerca de 20 profissionais da área.
De acordo com a gerente municipal de Saúde, Elayne Cristine Nunes, a doença tem se alastrado em todo o Estado, preocupando as autoridades de saúde. “A capacitação, desta forma, teve como objetivo orientar os Agentes de Endemias para que eles possam levar informações à população, mostrando nas visitas domiciliares o que deve ser feito para afastar a doença das casas”, comentou.
Entre os temas, foram repassados durante o encontro informações sobre Leishmaniose Visceral, LTA e Doença de Chagas: Aspectos Clínicos e epidemiológicos; Biologia dos Vetores – Lutzomia Longipalpis e triatomíneos; Levantamento Entomológico de Flebotomíneos; Inquérito Canino; Educação em Saúde; Manejo Ambiental, medidas profiláticas e noções básicas sobre operações de campo, controle químico.
Os profissionais de saúde também foram submetidos a uma aula prática sobre aplicação de inseticida e manutenção de equipamentos.
A leishmaniose visceral é uma doença grave causada pelo protozoário Leishmania chagasi, que é transmitido através da picada de um inseto chamado flebotomíneo (Lutzomyia longipalpis), popularmente conhecido por mosquito palha e que pode atingir pessoas e animais, principalmente o cão. A transmissão se dá quando o inseto se contamina ao picar cães e em seguida transmite para o ser humano.
Em cães, os principais sintomas da Leishmaniose são perda de apetite, emagrecimento, pelo opaco, queda de pelos, aparecimento de feridas na pele (em especial na face, focinho e orelhas) e, em um estágio mais avançado, o crescimento exagerado das unhas (onicogrifose) e perda dos movimentos das patas traseiras (parestesia). A Leishmaniose nos cães não tem cura.
O acondicionamento correto do lixo e a manutenção da limpeza de áreas habitadas são as principais formas de prevenção da leishmaniose visceral ou calazar como também é conhecida a doença. Isso porque o mosquito palha, vetor da doença, usa material orgânico em decomposição como folhas, galhadas, lixo orgânico e fezes de animais para colocar ovos.
“A participação da população no combate ao mosquito palha é primordial. Seguindo as recomendações preventivas, com certeza Bataguassu estará livre da leishmaniose”, comenta a gerente de Saúde.
O secretário municipal de Saúde, Helder Augusto Lopes Pereira Lousa Júnior, salientou a importância da oficina para aprimorar o trabalho desenvolvido pelos Agentes de Endemias, que juntamente com os Agentes Comunitários de Saúde são a base do sistema de vigilância em saúde. “Esses profissionais têm a responsabilidade primária no cuidado com a saúde pública. Por isso, além de capacitar esses profissionais para que eles tenham conhecimentos específicos para melhor desenvolverem seu trabalho, é preciso valorizá-los”, disse o secretário.
Júnior lembrou que a Secretaria Municipal de Saúde oferta quinzenalmente testes rápidos de leishmaniose para cães em prevenção à doença no município. Mais informações podem ser obtidas na Secretaria Municipal de Saúde pelo telefone (67) 3541- 1326.
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